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Archive for the ‘Vocabulario’ Category

Vira e mexe surge a curiosidade de como é a minha vida aqui no Mundo Novo e pra quem pergunta eu respondo: rotina normal de quem mora numa cidade pequena, fora da regiao dos grandes centros urbanos, num bairro tranquilo, numa casa com jardim, casada, sem filhos, estudando uma nova lingua, estudando culinaria, sem trabalho fixo. Simples assim. Mas, sei là porque parece que isso nao satisfaz, o povo quer saber detalhes emocionantes, como se pelo fato de morar na Itàlia (òòòò :-D) e na Europa (òòòòòòò… :-o)  as coisas necessariamente tenham que ter “glamur” … hehehehehe… Mas nao tem!!!  Ou melhor, até pode ter, depende de cada um, do que faz, o que estuda, no que trabalha, onde mora e com quem, né nao? 

Entao, tà, atendendo a pedidos:

A rotina da LuLu – uma dona de casa na Italia.  

Manha:

Acordo em torno de 7h nessa época de primavera/verao, mas como nao uso despertador pode variar em meia hora pra menos ou pra mais, dependendo do dia ou da hora em que fui dormir na noite anterior. Sò acordo muito mais cedo do que isso, tipo 4h, 5h da matina, quando me ataca a insonia. Muito mais tarde do que isso, sò se estiver doente, ou se estiver muuuito frio.

A primeira coisa que eu faço em absoluto é beber um copo dàgua. Isso é sagrado. Vou ao banheiro. Escovo os dentes, lavo o rosto, prendo o cabelo da frente ou todo num coque alto. Inverno ou verao nao importa, nao aguento cabelo caindo no rosto!

Vou pro escritorio/consultòrio do marido Ernesto e ligo o computador. Abro e respondo e-mails, leio o Reader, navego em alguns blogs, jornais e sites.

Abro as persianas e cortinas das janelas da sala pra entrar luz pras plantas de dentro de casa.  Idem na cozinha, sala de TV e lavanderia. Abro a porta do balcao da cozinha que dà pro jardim. Dou uma sacada no ar e uma geral nas plantinhas de dentro e do balcao, algumas eu rego, outras podo as folhas velhas ou arranco alguma erva daninha.

Preparo o café da manha pra mim, e pro marido Ernesto quando ele nao està de plantao. Se ele estiver em casa dorme até umas 9h e aì tomamos café juntos. Tem dia que é fruta picadinha com granola e Yogurt. Tem dia que é pao integral com queijo fresco. Eu sei, eu sei… eu exagero falando que nao como coisa light, mas faço esse sacrificio, sim, de veeeeeeeeizzzz em quando. No minimo uma vez por semana eu preparo um bolo, rosca, biscoitinhos caseiros, pao caseiro, muffins ou  qualquer coisa do genero pra deixar pronto pra semana toda. O marido Ernesto adoooora muffins com cappuccino gelado, eu adoro biscoitinhos molhados no leite com achocolatado (gelado no verao, pelando no inverno).

Na primavera/verao, em geral na parte da manha nos dedicamos à jardinagem. Quem tem jardim e horta em casa (e nao tem jardineiro) sabe: tem sempre alguma coisa pra fazer. SEMPRE. Entao é podar, adubar, regar, plantar, mexer na terra, limpar, endireitar, arrancar, dedetizar…

Numa manha qualquer também podemos ir ao supermercado, shopping ou a alguma feirinha de bairro pra comprarmos verduras, frutas ou o que estiver faltando. Aos sàbados tem uma feirinha a dois passos daqui de casa e eu deixo o marido dormindo e vou sozinha sapear por là. Pesquiso, pechincho, fotografo… Amo!

Se estivermos em dia com os deveres de casa  e nao tiver por exemplo nada pra costurar, consertar ou lavar podemos também sair pra passear, aì vamos pra algum parque, praça, castelo, cidade històrica ou praia pra curtir, caminhar de maos dadas, tomar sorvete (jà te disse que o sorvete da Sicilia é o melhor da Italia e um dos melhores do mundo? Poisé)… ou fotografar.

De quinze em quinze dias vem uma senhora dar faxina mais pesada na casa  e vira um mutirao pra terminar tudo das 8h até as 13h. Barba, cabelo e bigode.

A manha termina com o almoço, mas nunca antes de 13h.  Gosto muito de cozinhar e experimentar receitas novas e em geral prefiro almoçar bem, tranquila e em casa. Claro que rolam eventualmente almoços em restaurantes, almoços na casa dos sogros, almoços em self-service, lanches em pé numa pracinha, piqueniques em parques, salgadinho de padaria e até McDonalds.

Tarde:

Depois do almoço o marido Ernesto dorme. Sem exceçao. Eu posso até tirar um cochilinho de meia hora em um dia preguiçoso, mas nao gosto de dormir de tarde e em geral venho pro computador. E’ a hora em que a casa fica silenciosa e eu me sinto à vontade pra pesquisar, descarregar e trabalhar fotos, escrever no blog e colocar as idéias do dia em ordem. Essa é a também a hora de estudar, o que quer que seja, a liçao de italiano, de jardinagem ou de culinària.  Se encontro algum amigo ou alguém da familia essa é a hora do chat também. Pra tudo isso dedico no minimo tres horas.

Nao costumo ficar sentada na frente do computador quieta o tempo todo. No meio de algum download aproveito e coloco alguma roupa na maquina pra lavar, ou estendo alguma que jà secou, e ainda leio revista, costuro, desenho e assisto TV ao mesmo tempo. Sempre fui assim… multiatarefada.

Minha rotina varia com a do marido Ernesto, claro. Como jà mencionei, se ele tem plantao (10h, 12h ou 24h), por exemplo, eu me adapto pra ter sua companhia por um tempinho a mais, ou preparo a “marmita” que ele leva pro trabalho ou saio do computador pra ele receber os pacientes no consultòrio. As vezes ele precisa dormir um dia inteiro seguido depois de 24 horas de plantao, e eu procuro respeitar a necessidade dele e saio. Saio pra uma caminhada, dou uma volta no bairro, ou vou ao salao, ou vou ao mercado, ou fico jardinando, costurando ou lendo em silencio pra nao acordà-lo.

Fim de tarde tem a ducha refrescante depois de um dia cheio,  e tem o momento beleza: manicure, sombrancelhas, pele, cabelos, creminhos e o que mais houver… me dedico sò a mim… porque ninguem é de ferro, nao?

Noite:

Uma vez por semana tem as aulas de culinària a partir de 19h e nao tem hora fixa pra terminar, nunca antes de 23h. O jantar é incluso, entao o marido Ernesto se ajeita em casa, esquenta alguma coisa que eu jà deixei pronto, pede uma pizza ou aproveita pra ir jantar na casa dos meus sogros. Se o marido estiver livre ele me leva e me busca, às vezes vou e volto dirigindo e até prefiro. Gosto de ficar fofocando com os colegas depois da aula.

Quando nao tem aula vamos ao cinema, vamos tomar sorvete em alguma praça, ou jantamos fora, ou jantamos na casa dos sogros, ou vemos um DVD em casa até o sono chegar, ou eu fico sozinha em casa e, nesse caso, venho pro computador fofocar no messenger.

Meu fim de noite é, via de regra, assistindo TV. Eu sou viciada em dormir assim desde mocinha.  O marido jà prefere ler pra provocar o sono. Fecho a casa inteira. Baixo todas as persianas. Apago todas as luzes, menos uma luzinha guia que deixamos acesa. Coloco um copo d’àgua na beira da cama e fico zapeando os canais de televisao, deitada até o sono chegar. Quando vem o sono, coloco o timer sleep para quinze minutinhos, coloco uma mascara de tapa-olhos (daquelas de aviao, igual ao gato do cartoon, o Manda-chuva), coloco o aparelho dos dentes, viro de lado e… beijo,ciao. Adormeço rapididinho.

E…. Buona notte.

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Quem achou que hoje ia ter post requentado vai ter uma surpresa, porque resolvi começar a semana assim: quebrando paradigmas… ou seja, mudando.

Pra começar, segunda feira nao vai ser chamada assim jà que vem carregada por mim de um passado de rejeiçao e preguiça. A partir de agora pretendo fazer como na tradiçao pagã e tratar esse dia como DIA DA LUA (em italiano lunedì).

A Lua, na Astrologia, é o regente de Cancer. Ela representa nossas necessidades  emocionais mais profundas, nossas reaçoes e hàbitos instintivos e o inconsciente. Entao o DIA DA LUA serà … alma, lembrança, memória, passado, emoçao, um olhar para mim mesma.

Dia de olhar pra dentro. Nem sempre serà fàcil, mas vou evitar fugir jà que a fuga parece ter sido o caminho mais fàcil até agora.

Entao…

Nos ultimos dias a reflexao forte foi (e tem sido desde muito tempo) sobre o meu corpo. Explico: engordei muito nos ultimos tempos e por mais que me esforce, caminhe, observe a minha alimentaçao, nao volto pro meu peso històrico de tantos anos. E’ verdade, fui quase sempre magrela  até os meus trinta e poucos anos. Nao tenho todas as respostas sobre como cheguei até o ponto de hoje, fora as coisas obvias: sedentarismo, inverno longo e rigoroso, idade, mudanças de habitos alimentares… O que eu sei: nao gosto de padronizar quase nada e nem a mim mesma. Sei também que tem gente bem mais gordinha e feliz da vida e menos gordinha do que eu cheia de complexos. A imagem que tenho de mim ANTES de olhar no espelho nao corresponde àquela que vejo. Nem sei se é assim pra outras pessoas, mas o que vejo é pior do que eu imagino.

O fato é que andei olhando bastante pra mim nos ultimos dias no espelho, coisa que nao faço sempre, pode acreditar. Eu olho pra escovar os dentes, pra pentear o cabelo, e pra me vestir rapidamente, mas olho de relance, sem querer me ver, essa que é a verdade.

Até que chegou a primavera/verao na Italia, os termometros começam a subir e à parte que eu jà nao aguentava mais tanto frio e ausencia de luz de sol, sinto um frio na barriga sò de pensar em ir à praia. Nao me entenda mal eu adoro praia!! Vivendo a maior parte da vida numa cidade da regiao central do Brasil, onde o mar mais proximo ficava a mais de 1500km de distancia, verao é sinonimo imediato de praia. Nao gosto muito de me bronzear, mas adoro o calorzinho do sol, adoro nadar no mar com minha bòia e curtir a leseira debaixo de um guarda-sol, lendo, fazendo palavras cruzadas, ou mesmo sem fazer nada. ADORO! Hoje eu vivo numa ilha, olha que maravilha! Numa cidade do litoral da Sicilia, entao… praia é quase um programa obrigatòrio nessa época.

O problema é a parte do maiô. Os que eu trouxe nao me servem mais e fui procurar algum pra mim essa semana. A busca foi um sofrimento! Um drama, mas também uma comédia, viu? Experimentei uns cinquenta, sem exagero! E olha, é a mais pura verdade que existe mais tecido num sò biquini vendido na Europa do que a soma de todos os biquinis que jà usei na minha vida! Nos meus tempos aureos de magrela, claro. E no fim da saga encontrei um que me… serviu. Ai..ai…  

😦  O balanço foi uma equaçao bem dolorosa: gordura + celulite + flacidez = autoestima abaixo do joelho.

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Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.

O impossível não existe quando se acredita verdadeiramente nos sonhos.

–  Ayrton Senna da Silva –

*São Paulo, Brasil, 21 de março de 1960 

†Bolonha, Itália, 1 de maio de 1994

 

Sabe, eu nunca fui muito de curtir corrida de Formula 1 mas, como o cantor italiano Cesare Cremonini diz muito bem no refrao da cançao “Marmelata #25”:

Ma, da quando Senna non corre più…

Non è più domenica..

Ahh! Desde que Senna não corre mais…

Não é mais domingo…

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Marido Ernesto e eu curtimos uma telona toda semana. Ambos somos cinéfilos o que, num certo sentido, quer dizer que vemos todo tipo de filme pra ter o que falar, nem que seja falar mal. E, claro, acontece de ver alguma porcaria decepcionante que nao vale nem o preço do ingresso (que aliàs é em euro!), mas a produçao européia em geral é riquissima e eu to adorando sair do circuito padraozao comercial americano de enlatados. Bom, apesar de certa prevençao contra filmes “comerciais” e contrariando estatisticas que dizem que se repete muito mais vezes, para muito mais pessoas aquilo  que nao se gosta, eu falo MUITO do que eu gosto e eu simplesmente ADOREI o filme Mostri Contro Alieni  (em portugues: Monstros X Alienigenas) da Dreamworks.

 

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O desenho é pra adulto e é deliciosamente sarcastico. Os personagens sao meio clichezados num certo tipo de “liga da justiça” com representantes padrao do tipo “o cerebro”, “a força”, “a versatilidade” e “a ingenuidade”… mas funciona. Funciona tanto que eu, virginiana-critica-chata-dificil-de-se-convencer dei boas e gostosas risadas como hà muito tempo nao fazia e fiquei completamente presa na trama até o fim que, felizmente, nao é tao obvio assim, apesar do bem vencer o mal, lògico.

O grande problema do filme, pra mim, é também a sua maior qualidade: os efeitos 3D sao tao geniais e bem feitos que a gente sai do cinema querendo assistir tudo assim de agora em diante. Parece que nao vai ter mais graça ver filme “somente” em duas dimensoes.

Entao, o filme é pra ser visto em tela grande, nao espere sair em DVD senao voce vai se arrepender. Eu recomendo.

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Na Sicilia, onde eu moro, cada festa importante tem alguma correspondencia  culinària. Nao acho que seja à toa a fama de “bons garfos” dos italianos, em geral. Na verdade, seja Natal, dia dos pais, ou cada uma das milhares de festas religiosas (levadas, em geral, muito a sério) em quase toda regiao da  Italia  existe  algum prato representativo, tradicional, com razoes historicas e repetido desde os tempos do onça.

Ovelha de pasta de amendoaEntao, na grande ilha, tem  uma  pitoresca tradiçao pascal de nos deliciarmos, depois de um rico almoço festivo, elaboradissimos doces que além de deliciosos, ficam lindos de se ver nas vitrines das docerias e confeitarias em toda a cidade. Um tipo muito  caracteristico se chama  “picureddi di pasta reale“.  Sao ovelhas moldadas com “pasta reale” (a famosa pasta de amendoa – produto tipico da Sicilia), que representam o cordeiro do sacrificio de tradiçao religiosa e paga muito antiga, e se diferenciam na forma, complementos e na decoraçao de acordo com a àrea de origem. As mais comuns estao deitadas sobre um prado verde, dentro de um recinto cercado, decorado de confetinhos multicoloridos e possuem uma bandeirinha no lombo. A que eu ganhei da minha sogra no ano passado é assim.

Ovo pintado à maoO ovo é simbolo de vida e de ressureiçao. E’ do ovulo feminino que se origina a vida, assim como sao ovais as glandulas sexuais masculinas; e é também do ovo que se gera a vida dos oviparos. Jesus Cristo, com a ressureiçao, transformou a sua morte em uma nova vida e muitas vezes o nascer é representado com um pintinho saindo do ovo. O ovo figura também em muitas e variadas delicias tradicionais da Pascoa e sempre foi seu maior simbolo porque representava o renascimento da natureza nas tradiçoes pagas, coincidindo com a chegada da primavera. Esse da foto foi pintado por mim e presenteado aos meus sogros.

biscoitos_de_pascoa_2009Outro famoso doce siciliano é conhecido em Palermo, a capital da Sicilia como: “pupo cu’ l’ova“, ou como sao conhecidos na cidade que moro – Catania – “aceddo cu’l’ova“, em dialeto siciliano que quer dizer ave com ovo, recordam exatamente essa tradiçao e sao de uma época em que nem se imaginavam os ovos de chocolate de hoje em dia. Estes, sao paezinhos ou biscoitos pascais, muito difundidos em toda a Sicilia, assumindo varios nomes de acordo com a tradiçao local, moldados nas mais varias formas, antropomorfas, zoomorfas, mas sempre com um ovo cozido, inteiro, às vezes com casca e tudo, que é inserido na pasta.

biscoitos_de_pascoa_2009_04_11-017Dizem que os tais “aceddi cu’l’ova“, aves com ovos – até uns cinquenta anos atràs, eram (sempre a mesma massa de pao/biscoito) moldados preferencialmente na forma de pomba (por isso o nome) tendo no centro do corpo um ovo cozido (com casca) recoberto com duas listinhas de massa, formando uma cruz. Hoje quase desapareceu a forma antiga de molde, de pomba, mas a criatividade é infinita e cada um libera sua fantasia, e faz a forma que lhe dà na telha, remodelando a tradiçao.

biscoitos_de_pascoa_2009_2As mammas e nonnas, em casa, no sàbado da vigilia da Pascoa, preparam tantos “aceddi” quantos saos os membros da familia, além de outros muitos biscoitinhos (feitos com sobras da massa) em formas mais simples, sem ovo, e todos decorados com confeitos coloridos, tornando-os ainda mais alegres e gostosos.

Entao, nesse ultimo sàbado, passei uma agradàvel manha “impastando” com as mulheres da familia do marido Ernesto, me sentindo parte de algo muito grande e muito bonito, tradicional, ritualistico e aprendendo algo mais além do que fazer biscoitos.

A receita voce encontra na aba de receitas là em cima do blog ou clicando aqui.

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Pascoa??

 

– Pai, o que é Páscoa?
– Ora, Páscoa é …… bem… é uma festa religiosa!

– Igual ao Natal?
– É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.

– Ressurreição?

– É, ressurreição… – Meu bem, vem cá!
– Sim?
– Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o meu jornal descansado.

– Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
– Mais ou menos……..

 

Mamãe, Jesus era um coelho?
– Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi batizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular este fedelho no catecismo!

– Mamãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
– É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

– O Espírito Santo também é Deus?
– É sim.

– E Fátima?
– Sacrilégio!!!

– É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?
– Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mamãe entende muito bem, para falar a verdade nem ninguém, nem quem inventou esta asneira a compreende. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!

– Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
– (gritando) EU SEI LA! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.

– O coelho põe ovos?
– Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!

– Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
– Era, era melhor, ou então peru.

– Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Que dia que ele morreu?
– Isso eu sei: na sexta-feira santa.

– Que dia e que mês?
– ??????? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.

– Um dia depois portanto!
– (gritando) Não, filho – três dias!

– Então morreu na quarta-feira.
– Não! Morreu na sexta-feira santa… ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, meu filho, já me confundi todo! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, três dias depois!E… Como!?!? Como!?!? Pergunte à sua professora de catecismo!

– Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?
– É que hoje é sábado de aleluia, e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

– O Judas traiu Jesus no sábado?
– Claro que não! Se ele morreu na sexta!!!

– Então por que eles não lhe batem no dia certo?
– É, boa pergunta.

 

– Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
– Cristo. Jesus Cristo.

 

– Só?
– Que eu saiba sim, por quê?
– Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no meio Coelho. Só assim esta coisa do coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

 

– Coitada!
– Coitada de quem?

 

– Da sua professora de catecismo!!!

(recebi por mail, desconheço o autor, mas achei genial! Né, nao?)

Feliz Pascoa! hehehehehe…

CaFoFo da LuLuEscrito por LuLu, sábado , 22 de Março de 2008.

Hahahaha.. Adoro essa confusao! Hihihihi.. 🙂

Dias de festa, entao me perdoe os posts requentados. To curtindo a familia e as tradiçoes pascais sicilianas. Uma comilança.. afff! depois eu volto pra contar as novidades, as viagens e pra dizer o que eu descobri sobre essa confusao toda que fizeram com os rituais pagãos no mundo todo.

Buona Pasqua a tutti!!
 

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Mã?

Quero te agradecer muitoooo, porque eu tenho muito a agradecer a voce que é uma das pessoas mais lindas da minha vida, que eu amo apaixonadamente,  que eu tenho orgulho e que me aguenta, nem sei como, hà quase quarenta anos, e que mesmo quando eu to com a macaca-virada-no-teteu-de-tao-chata voce ainda me pega no colo e me chama de “pholinha de figo” e “filhim da “.   🙂

Mae é mae, né? Sò ela, mesmo.

Ainda quero agradecer a minha mae de novo por ter me dado a vida e me ensinado a viver, a comer, a falar, a andar, a correr, a ler, a escrever, a escovar os dentes, a tomar banho, a cuidar de mim, a cozinhar, a lavar, a arrumar, a costurar, a bordar, a tricotar, a crochezar, a desenhar, a ouvir, a cantar, a dançar… E ela ainda continua me ensinando.

E por fim, agradeço a minha mae outra vez, porque ela é minha e eu posso agradecer cento-e-cinquenta-e-dez vezes ou até o mundo acabar que ainda nao vai ser o suficiente pra expressar toda a emoçao e gratidao que eu sinto a cada gesto seu, cada palavra sua, a cada vez que ela me liga, cada vez que nos falamos no messenger, ou quando ela, no maior sacrificio, me manda um pacote que demora um século pra chegar, cheio de coisinhas gostosas de comer, ou roupinhas que eu nao pude trazer, sapatos que deixei pra tras, livros (chegou, viu?), penduricalhos, coisitas de todo o genero, e sempre com muito amor, com bilhetinhos, com desenhos, com paciencia, com carinho, mais amor de novo… e dà-lhe amor!

Grazie, mã!!! TE AMO! MUITO!

O bom disso tudo é que todo esse amor que sentimos ressoa no universo inteiro.

Sentiu aì? 😉

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Qui si mangia bene!

A gastronomia italiana original é caracterizada por sua diversidade de influências, aromas e pratos pouco conhecidos no Brasil. pesquisamos o que é que esta culinária tem de especial para conquistar paladares por todo o mundo

TEXTO Júlia Zillig

Pizzas e pastas. Ao falar em cozinha italiana no Brasil logo se pensa nesses dois pratos, servidos nas velhas conhecidas cantinas e pizzarias. Isso acontece por conta das referências históricas trazidas pelos imigrantes italianos. A massa era colocada à mesa, aos domingos, quando a família se reunia, e também em dias de festa, para celebrar. E o mesmo acontecia com a velha redonda. O pão e o salame também não faltavam. No entanto, quando se pensa em gastronomia italiana, o céu é o limite. O universo de referências é extremamente vasto e diferente em cada região da Itália, também influenciado pelas várias colonizações, mudanças sociais e políticas ao longo das décadas. O resultado disso: uma gastronomia com grande riqueza de sabores e aromas.

Antes de abordar a culinária das principais regiões da Itália, vale contar um pouquinho sobre aspectos históricos que são determinantes na definição da gastronomia multifacetada do país. As raízes da cozinha italiana encontram-se no século IV, na Idade Média, vindas das influências árabes, principalmente na região da Sicília, que expandiu sua culinária regional com o amplo uso de produtos vindos do Oriente Médio, como é o caso das especiarias. Do oriente, veio também uma invenção chinesa trazida pelo viajante Marco Polo: o macarrão.

Já no século XVII, foram os espanhóis que deixaram sua marca na cozinha da Itália, adicionando produtos vindos da América, como tomate, batata, feijão, milho, cacau, rum e café. A França também colocou sua marca. Na época de Napoleão Bonaparte, os franceses agregaram outros itens, como produtos derivados do leite (manteiga e creme de leite).

O intenso comércio de alimentos durante o Império Romano, que movimentava a cidade de Roma, trouxe caravanas com alimentos vindos de vários países da Europa, África e Ocidente. Cereais, pães, vinho, azeitona, legumes, frutas frescas, amêndoas, nozes, avelãs, queijo, ovo, porco, carneiro, galinha, faisão, avestruz, javali, etc. Já com o Renascimento, os banquetes exagerados deram lugar a uma gastronomia mais refinada, com requinte e sobriedade nos pratos. Menos especiarias, mais leveza e apresentação.

Os italianos valorizam os ingredientes de sua região. Abusam de molhos e temperos e de pastas, peixes, frutos do mar, carnes com cortes diferenciados como ossobuco, escalope de vitela, entre outros. O azeite de oliva é praticamente a base da gastronomia italiana, juntamente com temperos de ervas frescas como alecrim, salsa, sálvia, tomilho, manjericão, manjerona, entre outros. Bottarga, funghi porcini, anchova, mussarela de búfala completam o pacote na confecção dos pratos.

RÚSTICO ORIGINAL – Na região central da Itália, onde fica Roma, a gastronomia local é considerada uma cozinha mais “simples”. É conhecida pelo melhor nhoque do país. “É uma região sem grandes influências da culinária européia, não tinha aristocracia e era devotada ao papa”, conta o chef italiano Marco Renzetti, proprietário do restaurante Osteria del Pettirosso, em São Paulo (SP), que tem a proposta de oferecer a culinária romanesca original. Marco conta que o lado religioso influenciou fortemente a cozinha de Roma. Por conta da propagação dos ideais cristãos, ligados à pobreza, a cultura gastronômica da região evoluiu nas mãos dos camponeses, feita à base de ingredientes fortes, com a presença de gorduras animais, carne de carneiro e porco.Já a comunidade que não era ligada à igreja católica – os hebreus, por exemplo – desenvolveram uma culinária mais refinada. “Eles usavam muito peixes e frutos do mar, além de verduras”, diz Marco. Um dos pratos célebres é o Carciofala Gildea, feito com alcachofras. “As folhas de alcachofra na Itália são comestíveis, fritadas no azeite.”

Um dos queijos mais utilizados na culinária romana é o pecorino. Por conta de seu desenvolvimento local e preço mais acessível do que o conhecido parmesão (ou parmiggiano), ganhou espaço nos pratos. O Spaghetti alla Carbonara é outro prato vindo de Roma. No entanto, no Brasil é feito com creme de leite, sendo que o original é feito com ovos, pecorino e panceta. “Roma nunca foi referência em relação à sofisticação, mas tem pratos deliciosos.” Molhos como matriciana, putanesca, por exemplo, hoje também conhecidos no Brasil, saíram desta região.

No restaurante Pettirosso, Marco conta que faz alguns pratos que seguem a escola gastronômica La Macellara, que abusa de miúdos de animais. Um dos pratos é um rigatone com tripa de vitela de leite cozida com tomate, pimenta e toucinho de porco. “Aqui no Brasil esse tipo de prato é desconhecido.” Ao contrário do que se pensa, na gastronomia romanesca o vinho branco é bastante utilizado para marinar carnes. “São carnes mais novas.” Leitão e carneiro são algumas das mais servidas.

RIQUEZA VERSÁTIL – Na região norte da Itália – Piemonte, Vêneto, Ligúria -, a influência francesa é fortemente notada. Risotos feitos à base de muita manteiga, massas frescas e polenta fazem parte do cardápio. “O risoto é um prato versátil”, diz o chef e banqueteiro italiano Carlos Bertolazzi. Queijos grana padano, fontina, parmesão e as famosas trufas brancas são destaques nessas cidades.O risoto mais conhecido é o alla parmiggiana, feito com queijo parmesão. Logo depois, o alla millanesa, com tutano de boi e açafrão. O de funghi porcini também se tornou um clássico, inclusive no Brasil. “Os brasileiros ainda conhecem pouco da gastronomia de cada região da Itália”, opina Carlos.

As carnes são cozidas no vinho, mas com menor quantidade da bebida, dando suavidade e leveza ao prato. “Na Lombardia, se come muito a Costoletta alla Milanese. Usam a parte da carne da costela do boi”, diz Carlos. Por ser uma região montanhosa, há uma forte tradição pelos assados e cozidos, incluindo a utilização de especiarias como cravo, anis estrelado e canela. “Nos restaurantes do norte, é raro encontrar pratos à base de molho de tomate, algo freqüente no sul.”

Frutas secas e avelãs compõem grande parte das sobremesas. É do norte que sai o tradicional Tiramissu e a Panna Cotta. “Naquela região, por conta da pecuária bovina nas montanhas, o acesso ao creme de leite e à manteiga é maior”, diz Carlos. Uma das iguarias mais importantes da gastronomia italiana está exatamente na região de Piemonte. A trufa de Alba, menina- dos-olhos de chefs do mundo todo, sai dos bosques do Piemonte. Com uma descrição peculiar, algo único, a trufa é um produto caro, mas adequadamente harmonizada com massas frescas e principalmente com ovos com gema mole.

As massas no norte são frescas – diferentemente da região central, onde são mais secas. A polenta, outro grande prato da região, é feita com sêmola mais grossa. “A polenta era um prato feito pelos italianos mais pobres. Os camponeses comiam-na de manhã, como se fosse um mingau. Depois de endurecida, cortavam em pedaços e fritavam, para molhar no molho de peixe.” Hoje, a polenta é um tradicional acompanhamento de ossobuco de vitela e servida com muito charme.

TRADICIONAIS E ROBUSTOS – Na região sul da Itália, a influência da dominação espanhola é marcante, além das referências gregas e turcas. “É uma cozinha forte, com muitos contrastes entre o doce e o salgado”, diz Marco. Frutos do mar, peixes, pasta feita de grão duro e sem ovo, pães robustos, muito molho de tomate e pizzas. “Existe uma predominância para sobremesas fritas, como é o caso do canole”, conta Carlos.

Com uma enorme diversidade de aromas, sabores e influências, a gastronomia italiana é referência ao redor do mundo. E com certeza deve continuar deixando suas marcas ao longo dos anos.

Fonte: Portal espresso: www.revistaespresso.uol.com.br

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Ontem foi meu onomástico, ou seja o dia de uma santa que tem o mesmo nome que eu.

Santa Luísa de Marillac (1591-1660)

 SantaLuisadiMarillac

A Santa que lembramos no dia 15 de março nasceu em Paris em 1591 com o nome de Luísa. Recebeu ótima formação humana e cristã e casou-se com Antônio, tendo na vida uma só criança. Depois de um certo tempo Antônio morreu, mas em Luísa em Deus conseguiu superar. Santa Luísa muito religiosa começou a fazer direção espiritual com São Vicente de Paulo, que percebendo o coração de Luísa envolveu nas confrarias de caridade. A Santa se identificou e assumiu com tanto amor a obra de caridade para com os doentes e pobres que não demorou em tomar a frente e mais tarde ser a escolhido do Espírito Santo para fundar em 1634 a Congregação das Irmãs da Caridade. O lema desta Congregação era o clamor de S. Paulo: A caridade de Cristo me impele”. Mesmo nos tempos mais difíceis Santa Luísa viveu o carisma com suas irmãs que iam crescendo em número e santidade. Durante uma peste que arruinou com Paris Santa Luísa chegou a atender todas as classes sociais já que na sua espiritualidade encarnada via e servia Cristo no pobre. Entrou no céu com 70 anos, depois de se consumir pela caridade.

Confesso que ninguém se lembrou. Nem eu.

Voce pode procurar o santo com o seu nome no site:

http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/santosdata.htm

Ou ainda aqui: http://www.nomix.it/onomresult.php

Dia 07/11 é o onomàstico do marido Ernesto: Sant’ Ernesto di Zwiefalten.

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A voce

Continuando com a retrospectiva, destaco uma das musicas de maior sucesso nesse ultimo ano por aqui. Foi lançada assim que cheguei e tocou muito, mas muito mesmo no radio. Entao na minha cabeça foi o Hit Parade absoluto. A cançao, uma  declaraçao de amor apaixonadamente profunda, contribuiu  consideravelmente  para o desenvolvimento do meu vocabulario em italiano.

Dedico essa cançao ao meu grande amor, ao meu amor grande.

A Te
– Jovanotti –

A te che sei l’unica al mondo (A voce que é unica no mundo)
L’unica ragione (unica razao)
Per arrivare fino in fondo (pra chegar até o fim)
Ad ogni mio respiro (em cada respiro meu)
Quando ti guardo (quando te olho)
Dopo un giorno pieno di parole (depois de um dia cheio de palavras)
Senza che tu mi dica niente (sem que voce me diga nada)
Tutto si fa chiaro (tudo se torna claro)

A te che mi hai trovato (A voce que me encontrou)
All’angolo coi pugni chiusi (numa esquina com os punhos fechados)
Con le mie spalle contro il muro (com os ombros contra o muro)
Pronto a difendermi (pronto a me defender)
Con gli occhi bassi (com os olhos baixos)
Stavo in fila (estava na fila)
Con i disillusi (com os desiludidos)
Tu mi hai raccolto (voce me acolheu)
Come un gatto (como um gato)
E mi hai portato con te (e me levou com voce)

A te io canto una canzone (A voce eu canto essa cançao)
Perchè non ho altro (porque nao tenho outra)
Niente di meglio da offrirti (nada de melhor pra te oferecer)
Di tutto quello che ho (de tudo aquilo que tenho)
Prendi il mio tempo (toma o meu tempo)
E la magìa (e a minha magia)
Che con un solo salto (que com um so salto)
Ci fa volare dentro l’aria (Nos faz voar no ar)
Come bollicine (como bolhas)

A te che sei (A voce que é)
Semplicemente sei (Simplesmente é)
Sostanza dei giorni miei (razao dos meus dias)
Sostanza dei giorni miei (razao dos meus dias)

A te che sei il mio grande amore (A voce que é o meu grande amor)
Ed il mio amore grande (e o meu amor grande)
A te che hai preso la mia vita (a voce que tomou a minha vida)
E ne hai fatto molto di più (e fez muito mais)
A te che hai dato senso al tempo (a voce que deu sentido ao tempo)
Senza misurarlo (sem medi-lo)
A te che sei il mio amore grande (a voce que é o meu amor grande)
Ed il mio grande amore (e o meu grande amor)

A te che io (A voce que eu)
Ti ho visto piangere nella mia mano (vi chorar na minha mao)
Fragile che potevo ucciderti stringendoti un pò (fragil que poderia matar-te apertando-te um pouco)
E poi ti ho visto (e depois te vi)
Con la forza di un aeroplano (com a força de um aviao)
Prendere in mano la tua vita (tomar nas maos a sua vida)
E trascinarla in salvo (e arrasta-la a salvo)

A te che mi hai insegnato i sogni (A voce que me ensinou os sonhos)
E l’arte dell’avventura (e a arte da aventura)
A te che credi nel coraggio (a voce que cre na coragem)
E anche nella paura (e também no medo)
A te che sei la miglior cosa (a voce que é a melhor coisa)
Che mi sia successa (que me aconteceu)
A te che cambi tutti i giorni (a voce que muda todos os dias)
E resti sempre la stessa (e permanece sempre a mesma)

A te che sei (A voce que é)
Semplicemente sei (Simplesmente é)
Sostanza dei giorni miei (razao dos meus dias)
Sostanza dei sogni miei (razao dos meus sonhos)
A te che sei (A voce que é)
Essenzialmente sei (essencialmente é)
Sostanza dei sogni miei (razao dos meus sonhos)
Sostanza dei giorni miei (razao dos meus dias)

A te che non ti piaci mai (A voce que nao se gosta nunca)
E sei una meraviglia (e é maravilhosa)
Le forze della natura si concentrano in te (as forças da natureza se concentram em voce)
Che sei una roccia sei una pianta sei un uragano ( que é uma rocha, é uma planta, é um furacao)
Sei l’orizzonte che mi accoglie quando mi allontano (é o horizonte que me acolhe quando me afasto)

A te che sei l’unica amica (A voce que é a unica amiga)
Che io posso avere (que eu posso ter)
L’unico amore che vorrei (unico amor que iria querer)
Se io non ti avessi con me (se eu nao te tivesse comigo)
A te che hai reso la mia vita (a voce que fez a minha vida)
Bella da morire (linda de morrer)
Che riesci a render la fatica (que consegue fazer do cansaço)
Un immenso piacere (um imenso prazer)

A te che sei il mio grande amore (A voce que é o meu grande amor)
Ed il mio amore grande (e o meu amor grande)
A te che hai preso la mia vita (a voce que tomou a minha vida)
E ne hai fatto molto di più (e fez muito mais)
A te che hai dato senso al tempo (a voce que deu sentido ao tempo)
Senza misurarlo (sem medi-lo)
A te che sei il mio amore grande (a voce que é o meu amor grande)
Ed il mio grande amore (e o meu grande amor)

A te che sei (A voce que é)
Semplicemente sei (Simplesmente é)
Sostanza dei giorni miei (razao dos meus dias)
Sostanza dei sogni miei (razao dos meus sonhos)
A te che sei (A voce que é)
Semplicemente sei (Simplesmente é)
Compagna dei giorni miei (companheira dos meus dias)
Sostanza dei sogni miei (razao dos meus sonhos)

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Eu acredito em renascimento. Acredito em muitas vidas. Acredito que nesse ultimo ano comecei a trilhar uma nova estrada, de uma maneira tao distinta que posso dizer que estou recomeçando uma nova vida. Mas apesar de tanta coisa diferente, tem uma que é sempre igual: o imenso amor que sinto pelas palavras.

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O livro da minha vida

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No dia de nosso matrimonio a irma do marido Ernesto, Milena, nos presenteou com um livro que simboliza tudo o que vivi e tenho vivido. O livro, de Brian Weiss, Molte Vite, Un Solo Amore (Muitas Vidas, Um sò amor) é a historia de um medico psiquiatra que afirma ter provas de que exista  a reencarnaçao, através dos relatos de varios de seus pacientes em transe hipnotico.

O livro tem como personagens principais Elisabeth, uma norte americana que depois de uma historia de amor inadequada é lançada na estrada da depressao, e Pedro, um bem sucedido jovem mexicano marcado pela morte de um ente querido e depois por uma indecisa relaçao com uma mulher casada. Os dois sao pacientes do doutor Weiss e nao se conhecem, mas o doutor, que por haver escutado historias de suas vidas passadas, percebe que eles se amaram em uma vida anterior e que parecem destinados a se reunirem novamente nessa vida atual.

O livro conta a historia de um casal de nacionalidades, trajetorias e mundos completamente diversos mas que, como almas gemeas, se encontram e se unem de uma maneira muito especial.

Quando lhe consentimos de fluir livremente,

o amor supera qualquer obstaculo.

– Brian Weiss –

 

Nada é por acaso.

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La messa

Hoje teve um sepultamento de um conhecido do marido Ernesto. Um meio-tio-torto, irmao da mulher do tio de verdade dele. A familia decidiu nao acompanhar o corpo no cemiterio, mas prestar uma ultima homenagem na igreja. Fomos, entao, à missa de encomenda da alma do defunto.

Nao vou destrinchar detalhes, me desculpem os curiosos culturais, porque no fim das contas, missa é tudo igual em todo lugar do mundo. Nem a igreja era daquelas Brastemp, cheia de obras seculares, ouro, barroco e tal. Meio decepcionante, nè? Apesar daqui ser o pais numero um do Catolicismo o evento teve o mesmo tom automatico-repetitivo de toda missa que eu jà fui na minha vida. Nao sei se isso é bom ou ruim, mas talvez por causa dessa tediosa familiaridade eu me senti em casa. Detalhe: foi a primeira vez que fui a uma missa aqui na Italia. Sò teve um unico momento no qual me emocionei de verdade, de sentir os olhos rasos d’agua: foi na hora da saudaçao da paz de Cristo. Achei tao bonitinho apertar a mao de quem nao conheço, assim, de maneira natural e sincera, olhando nos olhos, com humildade, e ainda mais falando em italiano.

Acho que eu to mesmo muito carente de calor humano… Ai, ai!

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Nao sou catolica. Nao sou “carola”, nao sou devota de nada, nem religiao definida eu tenho. Tenho, isso sim, uma fé inabalavel na humanidade, um amor incondicional pelos seres humanos no caminho da luz, do bem, da evoluçao e sou muito sensivel a manifestaçoes publicas de afeto.

Dito isso, confesso que eu me envolvi nos ultimos dias com a festa de Sant’Agata, a padroeira daqui da cidade onde moro, Catania na Sicilia e fiquei, como hà muito tempo nao ficava, completamente emocionada com a coisa toda.  Como toda grande festa tem coisa boa e coisa òtima e coisa ruim. Eu nao gosto, por exemplo, dos exagerados, dos maniacos por religiao, dos exibicionistas de plantao em nome da fe e o que me atinge realmente, como um golpe em cheio no peito, sao as manifestaçoes mais simples, os gestos mais singelos…. E tem também tanta coisa que gira em torno da historia da santa que me fez refletir muito sobre a fé.

Agata tinha quatorze anos de idade e jà tinha uma fe extraordinaria em Cristo e na grande novidade da época de que existia um sò deus. A historia toda da menina aconteceu aqui em Catania, no ano 251 d.C numa época em que a religiao oficial , imposta severamente pelo imperador romano Trajano Decio (249-251d.C), era aquela que adorava varios deuses, venere, mercurio, marte, giove, apollo… Ser “cristao” naqueles tempos de grande perseguiçao e implicancia romana nao somente era considerado um absurdo, quanto era perigoso e contra a lei do imperio. Imagine que nao tinha televisao, nem jornal, nem revista, nem livro direito e a tal historia do Judeu que veio pra salvar a humanidade, toda era repetida de boca em boca. Os ritos que falavam de corpo e sangue de cristo mostravam, pra quem nao entendia direito, a cristantade confundida com uma seita macabra. Imagine! Pois entao, a menininha, filha de pais abastados, vinda de boa familia, que podia ter tudo o que quisesse, inclusive o marido que escolhesse, cheia desse sentimento que nao se explica direito la fede, ou seja a famosa , na época de sua maioridade consagrou-se, ou melhor, decidiu dedicar a sua pureza, sua virgindade, e sua inteira vida a um tal de Cristo que, os boatos na época diziam ser um filho de Deus, ter vivido entre os homens, morrido na cruz a maneira romana usual para eliminar os piores criminosos e que pra completar a loucura avisara ainda que todos deveriam começar a despertar a sua consciencia para a nova realidade: Deus é um, assim como todos nòs.

A jovem, segundo dizem, era linda além do normal do que sao lindas as mocinhas dessa idade. Nos seus vinte e um anos, à época da consagraçao,  foi ardentemente cobiçada pelo governador da cidade – Quinziano que tentou corrompe-la de todas as maneiras. Ela nao deu a menor bola, e continuou no seu caminho, com certa liderança  junto com algumas dezenas de outros jovens e cristaos que se reuniam fora dos muros da cidade, às escondidas, para contar e recontar as lendas de cristo, para meditar, para orar, para catequizar… Ja imagina no que deu, nè? Tirania, orgulho ferido, frustraçao, abuso de poder, cobiça pelos bens da familia da jovenzinha e tanta maldade dentro do tal governadorzinho de merda o fizeram instaurar um processo para encarcerar a jovem lìder em nome da antiga lei dos romanos. Ai! A parte que se segue me faz chorar sempre. O seu martirio, que durou varios dias, Agata passou dentro de uma gelada cela subterranea  sem um quadradinho sequer de ar e luz externos, sem comer, sendo violentamente torturada fisica e moralmente…  Continuamente  foi chamada a depor diante dos juizes, foi interrogada pelo proprio Quinziano que a provocava tentando convence-la a repudiar publicamente seus ideais e a adorar os deuses pagaos no que ela respondia com muita segurança, tranquilidade, e aquela certeza que ninguem consegue explicar senao pela fé. Depois de ter apanhado muito, de ter uma mama arrancada, o corpo queimado com ferro quente e de ser “assada” nua em brasas, morreu na noite do dia 05 de fevereiro de 251.

… 😦

Tem muitas historias assim dos primeiros cristaos. Tem até piores. Tirando o romantismo das historias narradas, e alguns equivocos, a meu ver, meio masoquistas, todos tem um ponto em comum: o de nao haverem renegado aquilo que acreditavam até a morte.

Serà por isso que sao inspiraçao pra tanta gente? 

Serà por isso que sao chamados santos?

Quantos de nòs seriamos capazes de morrer por um ideal… de fé?

* Pra esclarecer: FEDE (italiano) = (portugues)

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Comemoram-se hoje 64 anos da libertaçao do campo de concentraçao de Auschwitz-Birkenau e para que as vítimas nao sejam esquecidas, a Organizaçao das Naçoes Unidas determinou que este, passaria a ser o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Hoje, entao, em toda a Italia foi um dia dedicado à memoria dos milhoes de judeus exterminados durante a Segunda Guerra Mundial. Manifestaçoes publicas, filmes, documentarios e uma profusao de debates nao deixaram passar em branco esse periodo verdadeiramente memoràvel. A idéia principal é nao esquecer o horror que foi aquilo tudo e nao permitir, com o possivel esquecimento, que qualquer coisa semelhante possa acontecer novamente na historia da humanidade.

A mim, no fundo, muito além das imagens de seres humanos em agonia extrema e dos numeros que conhecemos, mais de 6 milhoes assassinados, o que mais marcou foram os numeros estatisticos que mostram que, atualmente, 12 em cada 100 italianos se declaram abertamente antissemitas e 25 em cada 100 italianos sao antipatizantes de judeus. 😦

Nao sei os numeros de outros paìses, mas a questao nao é essa. Ainda que fosse UMA unica pessoa no mundo a declarar essa sandice, e olha que digo isso observando piamente o exercicio de respeito pela divergencia de idéias que tento praticar na minha vida, me sinto muito mal, quase doente com essa història, como se esse sentimento que nasce na alma de um ser e que o faz julgar-se tao diferente ou melhor do que outros seres a ponto de desejar eliminà-los, fosse como um virus a contaminar a saude da unidade a qual fazemos parte.

Somos um.

Nesse dia da memoria… e todos os outros também… nao se esqueça disso.

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Faltam 31 dias.

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Sole, sol, propriamente nao tinha, primeiro porque nessa época do ano aqui chove muito e segundo porque chegamos là sempre pouco antes das 19h, mas à primeira vista a casa nos recebe com uma porta imponente, uma entrada e um pàtio interno amplos que, seguramente, no verao devam ser plenos de luz e dignos de Apollo – o deus do sol e da luz da mitologia greco-romana. A luz se faz certamente presente em todos os ambientes, plenos de mimos e memorias, nos esboçando antecipadamente um pouco da padrona da casa, a senhora Eleonora Consoli. Esperamos numa sala de pé direito bastante alto, com uma lareira finamente decorada com gatos de porcelana trabalhada e grandes livros de arte, enquanto todos os participantes terminam de chegar. Somos 17 ao todo. A anfitria chega depois de alguns minutos e nos recebe com seu andar ralentado pelos muitos anos vividos e um sorriso tenro mostrando-se aos poucos  exatamente o que eu havia imaginado de uma matriarca siciliana, segura de si, forte, lucida e muito rica de estòrias pra dividir, além de deliciosas receitas culinàrias. Muito inteligente, e culta. Segundo ela mesma afirma, cultura e culinaria andam juntas. Eu concordo. A riqueza da cultura e a tradiçao sao transmitidas com tal naturalidade que imagino quantos tesouros de muitas partes do mundo aquela nobre senhora deva ter visto.

A cozinha, muito grande e ricamente equipada passa a ser quase como uma sala de audiencia de uma representante da nobreza antiga cercada de suditos. Dignidade, sim, mas com simplicidade, entende? Percebe-se alì ainda a diversidade, a modernidade e como nao poderia faltar numa verdadeira cozinha, muito amor. Antes de mais nada a senhora nos ensina a primeira grande liçao: cozinhar é doaçao, cozinha-se essencialmente para os outros. Outras liçoes vao sendo passadas com sua suavidade e força: a importancia do amor, de compartilhar, a generosidade, enfim, valores primordiais para a humanidade, e claro, muuuuita comida gostosa!!!!!

De concreto, deixo aqui uma foto-simbolo dessas primeiras liçoes.

Tortellini

Em minhas maos o meu triunfo: pasta di casa – feita por mim.

E pra fechar com uma frase-chavao, porque eu hoje to terrivelmente brega, sensivel e emocionada, confirmo que: o primeiro tortellini a gente nunca esquece. 🙂

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Piano, piano se va lontano. Essa é a uma das expressoes que eu mais tenho ouvido  desde que cheguei aqui na Sicilia. A traduçao literal seria: devagar se vai ao longe. Aqui se usa também dizer apenas piano, piano… no sentido de pouco a pouco as coisas vao acontecer, calma, tranquila. Sempre fui muito ansiosa e realmente uma das coisas mais importantes que eu aprendi nesses meses foi esperar. Dificil liçao, sabe? Me sinto ainda muito menos ativa e independente de quanto eu era no Brasil, mas apesar disso, e como sei que nada é por acaso, aproveito pra praticar meu mantra pessoal que é: deixar fluir. Entao, procuro respirar fundo diante do que nao posso mudar, agir com presteza naquilo que eu posso e assim prossigo vivendo com amor e aceitaçao.

Parece que eu to resmungando, mas nao estou nao. Estou em paz. A vida tem sido generosa e mesmo com as dificuldades de adaptaçao nao tenho do que relamar. Devagarzinho a casinha vai ficando mais aconchegante, aos poucos vou entendendo melhor a lingua e me comunicando mais, vou me acostumando a cada dia mais com o jeitao do marido Ernesto, com a rotina da nova casa, da nova cidade e do novo paìs.

O contato com os velhos amigos segue com tranquilidade também, ainda sinto tanta saudade do convivio proximo, mas tenho menos ansiedade e cultivo tudo na medida do possìvel e na mesma proporçao em que recebo os novos amigos que estao chegando. Falando em receber, essa semana recebemos um convite para passarmos o capodanno (Ano Novo) na casa de uma médica, colega de Ernesto. Ela se chama Silvana, é casada, eles sao um pouco mais velhos do que eu e o marido Ernesto e tem uma filha adolescente. Um casal, que jà mencionei aqui no blog, muito agradàvel e que sao os meus primeiros amigos do mundo novo. Fiquei tao feliz!!!

Outra novidade maravilhosa é que amanha tenho novamente aula do curso de culinària siciliana La Cucina del Sole. A correria da semana passada nao me permitiu contar direito, mas é um curso que estava esperando desde que cheguei aqui em fevereiro. Uma senhora chamada Eleonora Consoli, autora de livros sobre culinaria, figurinha forte na cena siciliana, que ensina para turistas, cidadaos Cataneses e estrangeiros liçoes de como preparar delicias milenares da cozinha mediterranea. As aulas que estou tendo sao de pratos salgados, mas ela ensina também a fazer doces e a harmonizar tudo com vinhos. Adorei a primeira aula e fiquei com vontade de fazer os outros cursos também. Q uero tudo, claro…. mas piano, piano.

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Voce sabia que na Italia, como na maior parte da Europa, o açucar é extraido da beterraba? Isso mesmo, o açucar que eles chamam somente zucchero aqui é branquinho, normal, mas é da beterraba roxa que conhecemos, fazemos salada crua, comemos cozidinha… O açucar de cana-de-açucar também é vendido, em menor escala, e eles o chamam de zucchero de cana. A Europa cultiva 120 milhoes de tonelada de beterraba e produz 16 milhoes de toneladas de zucchero bianco; a França e a Alemanha sao as maiores produtoras mas, com exceçao de Luxemburgo, cada paìs da Uniao Europeia extrai açucar da beterraba em quantidade suficiente para atender 90% de seu consumo interno.

Bem, com numeros assim, eu, que adoro beterraba, rica em ferro, docinha, saborosa, temperada com um fio de azeite e uma pitadinha de sal, imaginei: me dei bem, pois aqui deve ter uma fartura dessa raiz à minha disposiçao. Né, nao? Saio a caça logo nas primeiras compras e nao via a dita cuja, barbabietola, como eles a chamam. Procurei feito doida e nao achava nunca no supermercado. Estranho, nè? Isso me intrigava e passava pela minha cabeça: serà que eles usam toda a beterraba na produçao do açucar e nao sobra pro consumo interno?  Jà estou aqui hà mais de 8 meses e nada de encontrar. Essa semana, finalmente achei a tal barbabietola num supermercado que abriu a pouco tempo. Estavam là na geladeirinha do setor horti-fruti, embaladas à vacuo, jà cozidas, beeem roxinhas, lindas. Meio caro mas, a vontade foi mais forte e comprei, pronto. Fiquei tao feliz! Fiz no almoço do mesmo dia, do jeitinho que eu gosto, ainda  acompanhada  de carne de panela e um arroz branquinho. Toda animada com o cardàpio “brasileirinho”  ofereço pro marido minha iguaria, e ele olha, assim, meio desconfiado… E sò aì é que eu descubro: Ernesto nunca tinha comido uma beterraba em toda a sua vida.

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Onomástico

Onomástico
(o.no.más.ti.co)

1. Lista de nomes próprios;

2. Relação dos nomes próprios de uma língua;

3. Explicação dos nomes próprios, ou estudo ou obra sobre os nomes próprios;

O onomastico, como tradiçao italiana, é o dia de um santo, e todas as pessoas que tem o mesmo nome do santo, nesse dia, fazem uma celebraçao. Por exemplo: quem se chama Ana comemora no dia 26 de julho, dia de Santa Anna, as Lucilas e as Conceiçao comemoram dia 8 de dezembro.
Quando comecei a namorar com Ernesto descobri que esse tal onomastico é levado a sério na Italia.  Nao poderia ser diferente num paìs taaao catolico quanto aqui. Antigamente, era considerado tao ou mais importante do que o dia do aniversário! No dia do onomastico de alguém tem festa e presente igual a dia de aniversàrio. As pessoas telefonam para dizer Auguri ! que significa Parabéns!

Quando é o seu Onomastico?
Você pode procurar o santo com seu nome aqui.

Ou ainda aqui: http://www.nomix.it/onomresult.php

Dia 15/03 é o meu onomàstico: Santa Luisa De Marillac

Hoje é o onomàstico de Ernesto 🙂 07/11: Sant’ Ernesto di Zwiefalten

AUGURI amore mio!!!!! 🙂

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Tudo acaba em pizza

Hoje teve terapia.

A primeira coisa que a Alba (a terapeuta) disse quando me viu foi: vc tà mais magra!!! De tao feliz, depois da terapia saìmos pra jantar, comemos uma pizza cada um, tomamos uma garrafa de vinho e ainda comemos sorvete de café de sobremesa. 🙂 hehehehehe.

Ai..ai.. Fiquei goròzinha.. Vou deitar.

Buona notte pra quem é de noite.

Buon giorno pra quem é de dia.

Beijo. Ciao.

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Comecei a falar de Roma, ontem, e deu vontade de falar mais.

Roma é a cidade capital da Italia, localizada na parte central da bota, na regiao do Lazio. Segundo o mito romano, a cidade foi fundada em 753 a.C. (data convencionada) por Romulo e Remo, dois irmaos criados por uma loba, que sao atualmente símbolos da cidade. Outro dia conto essa història dos irmaos. Entao, desde o sec VIII a.C. tornou-se no centro da Roma Antiga – depois do Reino de Roma, da República Romana e do Império Romano – e, mais tarde, dos Estados Pontifícios, do Reino de Itália e, por fim, da República Italiana. Seu “apelido”, ou seja, como é chamada internacionalmente é: A Cidade Eterna, imagino que seja por toda a sua história milenar. Me lembrei hoje das aulas de història do Pio XII, com a professora Aparecida (que Deus a tenha) citando repetidamente, quase que cantando, as famosas sete colinas que compoe o seu centro histórico: Palatino, Aventino, Esquilino, Quirinale, Viminale, Campidoglio e Celio. Os nomes sao os originais italianos, mas tem adaptaçoes de cada lingua. Custei a lembrar todos, sempre faltava um, aì, fui conferir na Wikipédia. Acabei achando uma espetacular imagem de Roma, vista de um satélite.

Wikipedia

Foto: Wikipedia

Roma espalha-se pelas margens rio Tibre, ou Tevere em Italiano. Esse grande e central traço azul que se ve na foto. O Tibre é o terceiro rio mais longo da Itália, depois do rio Pò e do Adige. Nasce na Toscana, atravessa a Umbria, depois o Lazio e desagua no Mar Tirreno. Nao é por acaso que a cidade abraça o rio, desde a fundaçao de Roma, segundo o que li, o Tibre sempre foi a alma da cidade. fazia parte do dia-a-dia, do comercio, do transporte, da vida como um todo. Todas as colonias pré-romanas que convergiram à Roma històrica estavam nas proximidades do Tibre, com um interessante detalhe: porque o rio sempre foi sujeito a inundaçoes fortìssimas e imprevistas, os cidadaos nunca puderam estabelecer-se muito proximos de suas margens. A parte mais segura corresponde a regiao proxima a Ilha Tiberina, e de fato é onde foi construìda a primeira ponte de Roma (Ponte Sublicio) e o Forum Romano, o centro nervoso da grande cidade.

Durante séculos a cidade sujeitou-se aos caprichos do Tibre, até que em 29 de dezembro de 1870 uma catastròfica inundaçao, que chegou a atingir mais de 17 metros além do nivel normal do rio (as aguas chegaram até a Piazza di Spagna!!), foi literalmente a “gota dàgua” para a construçao de um sistema de defesa da cidade contra a furia de seu rio. Depois de muita polemica e muitos anos pra escolher um projeto que fosse considerado definitivo, pois envolveria, desvios de se curso, elevaçao de margens, demoliçao de prédios e soterramento de vias històricas. Depois ainda de 50 anos de obras, assim, nasceram as famosas muralhas do Tevere. Muita coisa se perdeu durante e depois da construçao concluìda. Dizem que a cidade perdeu, literalmente, o contato com seu rio.

Talvez por isso hoje exista um projeto, lindo, que acontece no verao ao longo do Tibre, ao nivel da àgua e nao sobre a murada, com mais de um quilometro de barraquinhas com artesanato, restaurantes, bares, espaços de bem estar, exposiçoes de fotografia e arte, festivais de musica e de cinema, vindos de toda a Italia e de outros paises da Europa também. Foi là que passei meu aniversàrio desse ano. Minha mae veio do Brasil e passamos, ela, Ernesto e eu uma semana em Roma. Curtimos a programaçao do Tibre no entardecer e à noite jantamos num restaurante delicioso, à beirinha do rio, na Ilha Tiberina, là mesmo, onde toda essa estòria começou. Caminhando pelas margens fiz uma foto. O sol tinha acabado de se por, tinha pouca luz e a minha digitalzinha tà longe de ser uma Brastemp, mas eu queria registrar a lua sobre o Tevere pra guardar de presente aquele rio grandioso que contribuiu para um dia muito especial.

Foto By LuLu na Italia ©

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Ernesto acabou de sair pro trabalho. Uma hora de estrada, mais uma noite de plantao. Semana passada eu fui pra Villarosa com ele e passei a experiencia de uma noite de guardia medica. Foi muito gostoso estar ali, apesar do desconforto, com apenas uma caminha estreita pros dois. Minha sorte é que foi tudo tranquilo, nao teve nada de grave e até que eu consegui dormir um pouco. Ficamos juntos, nos esquentando na noite fria, curtindo agarradinhos os minutinhos entre um atendimento e outro.  Ele nao dorme, apenas cochila. Faz tudo sozinho, nem tirar os sapatos ele tira a noite inteira pra nao perder tempo e atende as pessoas, e atende o telefone… Vi o quanto é importante o seu trabalho além de ser bem cansativo e stressante. Foi importante pra mim o exercicio de me colocar no lugar dele.

De manhazinha, voltamos pra casa em silencio, nos olhando de vez em quando nos olhos, com tanta ternura, e admirando a linda vista da estrada.

 

Foto By LuLu na Italia ©

Foto By LuLu na Italia ©

Hoje eu fiquei, mas meu coraçao foi com ele.

Bom trabalho, meu amor.

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La Tavola

 

A mesa faz parte de nosso album de familia quase como se fosse uma terceira pessoa que habitasse na casa. Como um centro nervoso todas as energias cedo ou tarde acabam convergindo para ela.

A mesa representa o alimento, mas nao somente o fisico mangiare, também o apoio, o descanso, o jogo, o trabalho, o divertimento, o diàlogo, o estudo, a pausa, o amor, a celebraçao, a reflexao … enfim, a vida.

  Bello isso.

Fotos By LuLu na Italia © ……………………………………………………………………………………………….

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Camminare sulle uova,  como dizem os italianos, é uma expressao muito sàbia pra explicar a situaçao mundial com as quedas vertiginosas de todas as bolsas, e a situaçao do meu marido nos dias de TPM. Hehehehe.

Falando em ovos, vou contar uma peculiaridade: aqui na Italia os ovos de galinha possuem um carimbo na casca. Acho que em toda a Europa. Um codigo de controle. Voce jà viu isso por aì no Brasil? Eu nunca tinha visto antes.  Chique, nè?

No exemplo da foto voce pode acompanhar os detalhes… O primeiro numero estampado no codigo indica qual o tipo de criaçao que foi produzido o ovo.

0 – Produzione Biologica – produçao biologica, uma galinha pra cada 10 m² em terreno aberto com vegetaçao. E’ o que eu uso aqui em casa.

1 – All’aperto – ao aberto, 1 galinha para cada 2,5 metros quadrados em terreno aberto com vegetaçao.

2 – A terra – à terra, 7 galinhas por m² em terreto coberto de palha ou areia, numa galinheiro sem janela e com luz sempre acesa.

3 -In gabbia – em gaiola, como o proprio nome sugere, criaçao feita em gaiolas com 25 galinhas por m². O mais comum nos supermercados é o 3.

A segunda parte do codigo, duas letras maisculas, indicando em qual pais foi produzido o ovo. No caso aqui, encontramos, IT para ITALIA, em Portugal seria PT, por exemplo.

A terceira parte contém tres numeros, no ovo do exemplo da foto sao 043, indicando a comune, ou seja a cidade onde o ovo foi produzido.

A quarta parte contém duas letras e no exemplo BS indicando a provincia onde foi produzido o ovo.

E a quinta e ultima parte, tres ultimos numeros finais, que no exemplo sao 504 indicam o codigo da empresa que produziu o ovo.

Logo abaixo desse complicado codigo de controle tem sempre a data de validade do ovo. Melhor ser consumido até aquela data.

Continuando a falar desse novo mundo e seu vocabulario admiravel, apresento as partes do ovo:

  uovo = ovo

   uova = ovos

  guscio = casca

  tuorlo = gema

  albume = clara

 O resto do desenho é sò fru-fru, porque achei essa imagem num site de biologia.. hehehehe.

 

Tenho certeza que o assunto iria longe, pois os ovos tem muito mais a nos ensinar do que codigos e estrutura biologica, nao acham?… Assim, como quando lidamos com ovos, quando se trata do ser humano, temos que estar sempre atentos, temos que ter delicadeza. Alguem deve pensar: Imagine sò, a LuLu falando isso! Aquela que se auto-descreve como: grossa que nem porta de cofre de banco… 😀 Pra voce ver. Sao os tempos de crise. Todo mundo se adapta, muda, se reinventa… Como diz o provérbio: em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.

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(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, “saudade”, só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim “solitas, solitatis, solitáte“, (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”.

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa.

Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra “saudade” como a sétima palavra de mais difícil tradução.

Pode-se sentir saudade de muita coisa:

– de alguém falecido.
– de alguém que amamos e está longe ou ausente.
– de um amigo querido.
– de alguém ou algo que não vemos há imenso tempo.
– de alguém que não conversamos há muito tempo.
– de sítios (lugares).
– de comida.
– de situações.
– de um amor

NOTAS MENTAIS

A saudade é chata, boba e feia.

A saudade é brega.
Saudade do vovo, almoço em familia, abraço de irma, chamego de tia, cheirinho da mamae, 😀 risadas gostosas, sobrinha Bruneca, sair pra dançar, vista da janela, telefonemas a qualquer momento sem ter assunto e ficar horas, afilhado-tipi..tipi-pererequinha-pequeno-minalinda-grandoes, fofocar, cafuné da vovo, cozinhar pros amigos,  comidinha gostosa da Ana, roupa lavada e passada pronta no armario, falar no msn com Ernesto, meu laptop deitada na cama, por-do-sol de Brasilia, amigas-irmas, sair prum rolé, conhecer os caminhos, banho de chuva, estar rodeada de amigos…
A saudade mata a gente, morena.

Ana Carolina – O avesso dos ponteiros

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Hoje eu acordei com dor de cabeça, com vontade de vomitar, de me jogar de uma ponte e de matar o marido Ernesto à garfadas. Tudo ao mesmo tempo aqui e agora. Assim, abri os olhos e vi o mundo cinza-fosco. O quarto todo escuro, por causa das cortinas de metal, tem apenas a luz da estufa acesa. Vejo o marido que dorme. Sinto a boca amarga. Nada de beijo hoje. Sento na cama. Acendo o abajour do meu lado. Tomo o floral. Coloco os brincos. Apago. Agora està mais escuro. Levanto chutando o chinelo e tropeçando no tapete. Saio do quarto e o frio gela meus braços. Volto, pego um casaco de moletom, passo talco nos pés, calço meias, saio de novo. Marido Ernesto ainda dorme. Chego ao banheiro, coloco pasta de dente na escova, me olho no espelho e.. PUTZ! QUE MERDA!.. QUATRO ESPINHAS! GIGANTES!!! Ahhh nao! Escovo os dentes rosnando e pensando: é melhor o Ernesto nao me encher o saco hoje e se ele perguntar quando levantar – “cade meus oculos, jòia?” – eu pego o garfo… Juro! Eu to que to! Lavo o rosto, arrumo os cabelos da franja disforme, que nao cresce nunca,  e hoje se parece com o escovao do McDonalds..  😦  Prendo pra cima com uma piranha. Fica uma bosta, mas nao pretendo sair de casa tao cedo. Olho uma mancha de sei là o que no chao do corredor. Maldita faxineira que nao veio ontem! Vou pra area de serviço. Pego um pano de chao. Limpo a mancha. Volto. Esfrego umas pantufas que botei de molho ontem. Esfrego, esfrego vigorosamente. Deixo de molho mais um pouco. Coloco umas toalhas na maquina de lavar. Ligo. Enxaguo umas calcinhas que lavei e coloco pra secar. Limpo o tanque. Guardo o sabao e a escova. Vou pra cozinha e começo a lavar a louça que restou de ontem. Que saco essa louça! Ai..ai.. Eu lavo, lavo, lavo e nao acaba nunca! Escuto o marido Ernesto levantar. Ele vem me dar um beijo e diz: buon giorno, nenem. Nem olho e dou um grunhido em resposta. Continuo na louça. Ele pergunta se quero comer alguma coisa. Respondo: Niente. Ele insiste: uma fruta, um biscoitinho? Eu irritada: Niente è niente. Nao quero nada. Ponto, basta. Ele abre a geladeira e pega uma manga. Pega uma faca pra descascar. Descasca. Come em silencio. Termina, levanta e vem colocar a faca na pia pra eu lavar… Eu olho aquela mao se aproximando com a faca suja depois que eu jà lavei quase tudo, espremo os olhos e penso: aproveita! Pega um garfo, um garfo.. anda.. vai..  AGORA!!!

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Ernesto jà està hà um mes cumprindo os plantoes de guardia medica numa cidadezinha chamada Villarosa, que dista pouco mais de uma hora de Catania, onde moramos. Meio canseira pra se chegar là, pois ele pega uma auto-estrada por uns 50 minutos e depois, na cidade principal que é Enna, segue ainda por mais uns 20 min por estradinhas estreitinhas e tortuosas, porém lindas, como aquelas dos quadros de grandes pintores famosos. Dependendo do tempo dao um pouco de medo, sabe? Com a chegada do frio, no inverno ele terà que colocar correntes pra nao deslizar na neve.  A cidadezinha é muito pequena, tem cerca de 5.600 habitantes, como indica a Wikipedia. Pequena, com ruazinhas estreitas, encrustrada nas montanhas numa regiao muito àrida. Num versinho de uma “trova siciliana” conhecemos a mais pura descriçao da cidade:

“Dentro una conca sotto una montagna
tra due fiumi, uno amaro e l’altro dolce,
c’è un paesino con le strade in croce
e poco verde nelle campagne;
nella terra arida attorno
cento rarità di frutti produce,
di giorno fumiga, di notte luccica
e nelle sue viscere si piange e si suda.”

Villarosa - Sicilia - Italia

Villarosa - Sicilia - Italia

 

“Dentro de uma bacia sob uma montanha entre dois rios, um amargo e o outro doce, existe uma vila com as ruas em cruz e pouco verde no campo; na terra árida em torno de cem raridades de frutos produz, de dia fumega, à noite reluz e nas suas entranhas se chora e se sua.”

 

 

Ernesto chegou ontem, do plantao da madrugada dessa cidadezinha, com uma novidade especial: tinha feito o seu primeiro parto! Chegou contando, todo emocionado ainda, que, na verdade, o pequeno Samuele nasceu sozinho. Quando ele chegou là sò teve que cortar o cordao umbilical. Acompanhou a mae e o bebezinho, junto com a ambulancia, até o hospital, o tempo todo com o Samuelzinho no colo. Molto bello, segundo ele mesmo disse, tranquilo e sereno.

Ficamos um dia inteiro curtindo juntos essa emoçao. Pro Ernesto e pra mim também foi mais um sinal de buon augurio, e de que estamos cercados de muita vida, amor e justiça.

E viva o Samuele!!!!!

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Faxina Geral

Sexta veio aqui em casa uma pessoa que estamos querendo contratar pra fazer faxina.  Aqui se diz: donna di servizio. Coisa rara, rarìììììssima! Cada um que limpe o seu! Aqui se cobra caro pra limpar o dos outros, sabe?  Nao é essa facilidade do Brasil, nao. Entao, apertamos o cinto mas, finalmente uma domestica pra me ajudar, uma vez por semana, porque a vida na Italia é culta, é bella, é dolce, mas nao é mole nao, meu camarada! Tà phoda esse negòcio de varrer todo dia, limpar todo dia, cozinhar todo dia… PUTZ! Me dà uma raiva! Nao acaba NUNCA! Como diz uma amiga-baranga-amada: é indigno!

Detesto limpar banheiro, detesto passar pano de chao… Acho, sinceramente, TUDO um saco, mas pra mim o que é pior é PASSAR ROUPA! Em absoluto! O campeao dos campeoes de chatice. Sem contar que, por eu nao saber fazer bem e nao ter pratica nenhuma-nenhuma, depois de horas de esforço sobre-humano, sai tudo quase a mesma bos…! Minha sogra diz que eu exagero, que eu devo ter paciencia e calma… Mas acho que é isso que eu nao tenho. CAAALMAAAAA!!!!! HAHAHAHAHAHAHA!! Ai..ai..

Como a bendita senhora nao ficou pra trabalhar, conversou, conversou e começarà somente na semana que vem, sobrou a casa inteira e acumuladamente imunda pra fazermos a faxina! E foi assim no fim de semana. Aproveitamos e fizemos limpeza de alto a baixo, dos pés à cabeça, por dentro e por fora… na casa, no corpo e na alma.

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Total de Sexta: 1.572 kcal

Café da manha (275kcal): 1 ovo mexido (120kcal)+ 1/2 pao de cachorro quente (90kcal) + 1 col chà de geleia de goiaba light (15kcal) + 200 de suco de maracujà (50ml)

Almoço (550kcal): penne com pimentao (500kcal) + 200ml de suco de maracujà (50ml)

Meia tarde (90kcal): 200ml de suco de manga (90kcal)

Jantar (657kcal): 1 fatia de torta de espinafre (200) + 4 col sopa de feijao (352kcal) + 3 col sopa de vinagrete (105kcal)

NOTAS MENTAIS:

Sinto mais fome de noite do que na hora do almoço.

Quero comer mais legumes, verduras e frutas.

Fazer listinha de compras para me preparar pra essa nova fase.

Acho que dà pra me manter em torno disso, 1.500kcal, tranquilamente.

Decidi nao descrever mais aqui detalhes de cardàpio, vou colocar somente o final e anotaçoes importantes.

Me peso amanha. 😀

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A normalidade sempre me pareceu uma coisa relativa. Deixando de lado o chavao, é a mais pura verdade que todo mundo sabe de si e reconhece nas suas sombras o seu proprio fator de loucura. Uns mais, outros menos conscientes mas, para todos nòs, conviver com a propria loucura é uma arte dificil. Conviver com a loucura alheia, entao, seria como a mais perigosa das artes circences, seria viver suspenso num trapézio. Perigoso, né? E pra nao despencar de là de cima é necessario um exercìcio constante de força fisica e mental, paciencia, tolerancia, cumplicidade, confiança e maturidade….

Na corda bamba do relacionamento, em meio a todas as nossas diferenças culturais, de lingua e pessoais, resolvemos que precisàvamos tomar liçoes de trapézio… hehehehehe..  Em nome do amor, que “jà é” em nòs, decidimos fazer terapia de casal…. Enquanto escrevo aqui me vem em mente um trecho da frase da primeira carta de Sao Paulo aos Corintios, cantada por Renato Russo em Monte Castelo: ” Sem amor eu nada seria.“…. 

Ontem foi o nosso primeiro contato com a terapeuta. Fomos nos conhecer, contarmos, todos, um pouco da nossa estòria e nos ambientarmos. A salinha do consultorio da dottoressa Alba parece uma sala-de-visitas de uma casa normal, fica num casarao antigo, tem um pé direito bem alto, é aconchegante, tem duas poltronas, um sofazinho, luminàrias, mesinha de canto, flores, livros, quadros, e palavras positivas espalhadas estrategicamente por todos os cantos. Foram as palavras, aliàs, que iniciaram e terminaram marcando a nossa visita. Foi a referencia delas que nos acolheu, que deu inicio a conversa. Foram elas que nos saudaram ao fim do looongo encontro, de quase duas horas, num jogo proposto por ela, quando escolhemos, cada um de nòs 3, um cartaozinho, aleatoriamente numa bandeja, onde no verso se liam palavras importantes que, como um presente de um anjo, serviriam para nossa reflexao até o proximo encontro.

Algumas palavras importantes:

SERENITà – serenidade

AMORE – amor

VERITà – verdade

FIDUCIA – confiança

A palavra mais especial de hoje é o nome da terapeuta: ALBA  que significa amanhecer, alvorecer. Pra mim foi o maior anuncio de um novo amanha, simbolizando que um novo horizonte està nascendo nessa minha nova vida!

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Total de ontem: 849 kcal

Café da manha (295kcal): 200ml de leite Zymil (82kcal) + 2 col chà de Orzo (75kcal) + 1 col chà de açucar (48kcal) + 3 bolachas de fibras (90kcal)

Almoço (478kcal): 1 fatia de torta de espinafre e milho (250kcal) + 4 col sopa de ervilhas ao molho de tomate (100kcal) + 1 ovo pochè (78kcal) + 200ml de suco de maracujà (50ml)

Meio da tarde (73kcal): 200ml de chà com pessego (73kcal)

Jantar (3kcal): 200ml de chà de camomila (3kcal)

NOTAS MENTAIS:

A receita da torta de espinafre que eu faço tem no meu outro blog.

Depois da terapia estavamos meio tensos com tanta emoçao, fomos rever os momentos e falar sobre nossas impressoes. Acabamos divergindo, nos chateando e, ao invés de irmos comemorar numa pizzaria, voltamos pra casa. Eu tomei um chà e fui deitar. Foi muito bom pra minha dieta, ao menos.

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Tutto il mondo è paese, como dizem os italianos. Todo mundo é mundo.

Nao tem nada de especial na Italia que nao se viva em qualquer parte do Brasil. Esse é um dos mitos que caiu imediatamente por terra quando cheguei aqui. Tirando as diferentes paisagens e a historia de cada povo, que o torna unico, todo lugar no mundo tem problemas e soluçoes. Toda cidade tem bandidos, corruptos e pessoas de bem. Todo lugar tem greve, lixo, beleza, poluiçao, crise, promoçao de liquidaçao, aquecimento global, burrice, boas idéias, pobreza, estupidez, falta de educaçao, generosidade…

As burocracias e as incompetencias nossas sao iguais as dos outros. Vivi isso na pele essa semana, tirando meus novos documentos. O que se tornou a saga dos documentos, começou ha meses atras quando fomos pessoalmente nos informar sobre o que precisava e um funcionario nos falou um monte, mas nao falou que precisava pagar um selo importantissimo. Por causa disso, essa semana, tivemos que voltar duas vezes no mesmo lugar até resolver. Terminado o processo na questura, uma funcionària nos encaminhou para outro departamento para registrar -me oficialmente e colher as digitais. Por insistencia minha, e pela experiencia anterior, repassamos juntos os documentos necessarios muitas vezes, anotei tudinho, claro e, mesmo assim, chegando là, faltou uma fotocòpia do passaporte. Tivemos que sair da fila pra fazer a tal xerox, duas esquinas depois do lugar, e ao voltar, no final da fila, esperar mais uma eternidade pra sermos atendidos novamente. Detalhe: o atendimento, que normalmente inicia-se às 09h da manha, começou com mais de uma hora de atraso devido a um blecaute que colocou fora do ar todos os computadores.

Se identificou? Jà passou alguma raiva parecida? Jà pensou em contratar um despachante? Pois é.

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Calorias totais de ontem: 1.442 kcal

Café da manha (292kcal): 1 enroladinho de queijo e presunto (180kcal) + chà com pessego (112kcal)

Almoço (672kcal): espinafre refogado (50kcal) + vagem refogada (50kcal) + 200g filé de de frango empanado (400kcal) + batatas assadas (60kcal) + chà com pessego (112kcal)

Jantar (478kcal): penne com molho de tomate e queijo pecorino (300kcal) + 1 tomate seco (50kcal) + 2 azeitonas pretas (8kcal) + 1/2 paozinho frances (70kcal) + 1 col sopa de berinjela ao forno com azeite (50kcal)

NOTAS MENTAIS:

Tomamos o café da manha num bar perto do departamento onde fomos. Foi bem gostoso. 🙂

Chà é uma otima opçao pra acompanhar as refeiçoes, mas vou tentar tomar sò àgua também.

Temos passado os dias fora de casa resolvendo coisas, mas preciso comer mais frutas. Vou levar uma pera na bolsa quando sair de casa e for ficar fora toda a manha.

Nao tenho sentido ansiedade nem fome.

Tenho me sentido mais leve, mas estou resistindo em me pesar. Vou fazer isso semanalmente.

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Palavra nova, velha conhecida:

CIAO

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
A palavra ciao  – pronunciada /tʃao/, muitas vezes aportuguesada para TCHAU ou CHAU – é uma saudação informal italiana, podendo significar tanto “olá” como “até logo”.
Originalmente da língua vêneta (com o significado de “escravo”, pela corruptela da palavra “schiavo” como “s’ciào“), foi adotada em italiano para posteriormente ser emprestada ao vocabulário de muitas línguas, como o português, o castelhano e o inglês, significando, todavia, apenas “até logo”.
É largamente usada em todo o Brasil, devido a influência da imigração italiana.

O que entendi é que se usava dizer: sou seu escravo (schiavo, s’ciào), como uma forma gentil e humilde de saudaçao para colocar a pessoa à vontade. Como dizer, ainda , estou ao seu dispor, estou às ordens. A palavra foi mudando de schiavo para s’ciào (em Veneza, inicialmente) e depois virou CIAO, quando se incorporou ao vocabulario de todas as regioes. Na Italia se usa o ciao quando se chega , mas também quando se despede. Bruna, minha sobrinha nos seus adoràveis 5 aninhos, achava sempre estranho quando Ernesto a cumprimentava assim, dizendo ciao… ela logo perguntava: – Mae, porque ele tà dizendo tchau se ele acabou de chegar?.. hehehehe..

Aprendi ainda aqui que nao se diz ciao quando nao se conhece a pessoa, ou quando se trata de um cumprimento formal, chefe-empregado, ou pessoa mais velha. O tratamento passa a ser mais impessoal, entao se diz: buon giorno/buona sera  (bom dia, boa noite) quando se chega e arrivederci (até logo) quando se despede.

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Chegou… e com um frio que faz pensar que esse inverno proximo promete, viu?.. Ai..ai.

O outono chegou mas, ao contrario da primavera e do verao que foram mudando tudo devagarzinho, veio assim de um jeito tao brusco. Num dia tava sol, um calor miseràvel de verao, eu, suando em bicas.. e no dia seguinte… KABUM! Chuvinhaaaaaa, veeeenttooooo, friooooo.

Junto com o outono chegou também a minha nova identidade nesse paìs. Recebi hoje a autorizaçao formal para residir na Italia, o famoso PERMESSO DI SOGGIORNO. O Estado exige comprovaçao de documentos, Ernesto se responsabiliza por mim, registram oficialmente a minha presença e me concedem um periodo de sossego por 1 ano agora, depois desse periodo devo dar novamente as caras, fazer tudo de novo e renovar por mais 5 anos. Nada mais é do que uma comunicaçao oficial de que estou aqui, pois sou casada com um cidadao italiano.  O processo todo é feito na QUESTURA de imigraçao, que tem poderes de policia. No Brasil seria como dizer que fiz ficha na puliça… hehehehe… Sò que o registro de digitais foi todinho feito no computador e nada daquela meleira de borrocar os dedos… chique no uuurrrtimo… ui! Feito isso, posso dar entrada nos documentos necessarios na Italia, identidade comunale, codigo fiscal, assistencia de saude… Passo, a partir de hoje, a existir oficialmente aqui, como MORADORA.

Olha sò a minha fotinha nova!

Fiz numa maquina instantanea no meio da rua, em frente a um supermercado perto daqui de casa! Coloquei as moedas (3 Euros), fiquei sentada ouvindo as instruçoes, enquadrei-me no painel, esperei quietinha a maquina me medir, prendo a respiraçao, botao verde… e…  CLICK! Fatto! 🙂 Até que nao saiu mal, nè?

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Total de ontem: 1.636 kcal

Café da manha (332kcal) : 1 pao de hamburguer com gergelim (170kcal) + 1 col cha margarina light (36kcal) + 1 col cha de senape (11kcal ) + 1 fat de presunto de parma (38kcal) + 1 copo de 200ml de cha com limao e chà verde (77kcal).

Almoço (839kcal) :  6 flores grandes de couve flor refogada no alho e azeite (130kcal) + 50g de queijo muzzarela (188kcal ) + 1 cotoleta de frango com espinafre feita no forno (279kcal) + 1 tomate seco (50kcal) + 400ml de laranjada siciliana Tomarchio (192kcal)

Jantar (465kcal): 1 prato de sopa que foi feita com abobrinha refogada com alho e azeite (80kcal) + sopa pronta Primavera da Knorr (193kcal) + 400ml de laranjada siciliana Tomarchio (192kcal)

NOTAS MENTAIS:

To orgulhosa que consegui reduzir bastante as calorias!!!

Ainda bem que acabei com o restinho da laranjada Tomarchio que eu adoooro, mas nao vou tomar mais refrigerante por um bom tempo.

A opçao da sopinha de noite foi òòòòòtma, pois combina com esse friozinho e ainda é pouco calorica.

E o friozinho do outono.. ai..ai…

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Uma palavra nova hoje:

CAVOLFIORE

Uma das minhas flores comestìveis predileta… a COUVE-FLOR. Bastante conhecida aì no Brasil e fez parte do meu cardapio de hoje. Uma hortaliça delicada e tenra, rica em calcio e fosforo, livre de gorduras e colesterol. Originaria da Asia Menor, chegou aqui na Europa no século 16.  Essa da foto eu preparei com alho e queijo parmesao reggiano a receita tem no meu outro blog que escrevo junto com uma amiga – O Dez Minutos e Pronto.

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Nao sabia falar NADA quando conheci Ernesto. Nos viràvamos em ingles pra nos comunicarmos e via msn ainda!! O ingles dele literalmente macarronico e o meu, hummm, assim, dava pro gasto. Aos poucos fui percebendo que entendia alguma coisinha de italiano quando ouvia ele falar palavras parecidas com o portugues. Fui formando, primeiro, um vocabulario basico, alguns verbos, substantivos e expressoes essenciais. Comecei a me comunicar e me empolguei! Comprei de cara uns 2 livros de estudo auto-didata e meti bronca. Lia também obras pra estrangeiros, com textos simples e vocabulario anexo. Estudei todos os dias por 3 meses e me preparei para vir. Cheguei aqui na Italia, pela primeira vez, em abril de 2007, sabendo somente o minimo pra me virar no aeroporto, escutar a conversa da familia do noivo, ler placas na rua… e olhe là. Ficava sozinha em casa e fui incrementando meu vocabulario ouvindo radio e assistindo a DVD’s de filmes em italiano com legenda em italiano pra entender. Fui pegando gosto por aprender mais uma lingua e continuei a estudar, sozinha e depois formalmente com um professor particular quando voltei ao Brasil, e nao parei mais. A cada dia aprendo uma nova palavra. Nao somente uma nova palavra em italiano, conhecida e pronta, mas também venho descobrindo coisas novas que eu nunca tinha visto antes. Em casa, por exemplo, a jardinagem, pratica que eu nunca fiz no Brasil, me abriu um infinito vocabulario de flores, arvores, orti-fruti que eu nao tenho a menor idéia do que seja em portugues.. hihihihihi..

Decidi registrar tudo aqui. Sempre que possivel com fotos pra ilustrar bem. Quem sabe alguém me ajuda a desvendar aquelas coisinhas baaaaasicas que descobri aqui e que ainda nao sei como chamar em portugues.

Falando em basico a palavra de hoje é …

BASILICO. Foto By LuLu na Italia © ……………………………………………………………………………………………….

Muita gente jà conhece e no Brasil é conhecido por Manjericao, Manjerona ou Alfavaca, dependendo da especie, tamanho, tipo.. etc. Vim conhecer realmente aqui. E faço um Pesto, que aprendi com minha sogra, de comer ajoelhada, como dizia Vinicius de Moraes. O basilico, pra quem nao conhece é muito cheiroso, rico em vitamina B e òtimo pra memòria. O da foto, de folha larga arroxeada, que tenho plantado na minha horta, minha sogra diz que é uma espécie marroquina, mas também tenho o verdinho e o de folha miuda que é o verdadeiro, o mais cheiroso, o poderoso e vitaminado. Todos explodiram de tanta flor na primavera desse ano. Ah.. VIVA A PRIMAVERA!!!!!!!

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