Marcelino Pao e Vinho – Espanha, Itália, 1955
(Marcelino pan y vino / Marcellino pane e vino / The Miracle of Marcelino)Dal romanzo di José María Sanchez Silva
Marcelino é um orfao abandonado, ainda recem nascido, na porta de um mosteiro e criado por 12 frades franciscanos. Certo dia, quando tinha cinco anos, ele descobre uma imagem de madeira de Jesus crucificado no sotao do mosteiro e oferece ao homem da imagem um pedaço de pao e um pouco de vinho que aceita a oferta e passa a conversar com o menino. É o início de uma grande amizade cheia de dramas e o filme arranca làgrimas até o fim. No final, assim como eu, a maioria das pessoas sai muito emocionada do cinema, seduzida pelos cliches melodramáticos da história concebida pelo escritor espanhol José María Sánchez Silva.
O filme espanhol foi lançado simultaneamente na Italia e obteve grande sucesso por aqui, onde foi amplamente divulgado, distribuido e teve ainda uma nova versao dirigida por Luigi Comencini em 1991. A ediçao que assiti no Cine Brasilia era a original de Ladislao Vajda dublada em italiano, com musica tema cantada também em italiano por Gigliola Cinquetti e ficou impressa assim em mim, tanto que, por muitos anos, achei que o filme fosse italiano. O menininho Pablito Calvo (que tinha apenas 5 anos quando encarnou o personagem-título) foi premiado em Cannes, no ano do lançamento do filme e o filme também muito aplaudido no Festival de Cannes, onde recebeu uma Mençao Honrosa, foi ainda vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim.
Apesar de ter sido rodado em 1955, Marcelino Pao e Vinho voltou a estar em cartaz nos cinemas brasileiros entre o final dos anos sessenta e começo dos anos setenta, sendo um grande sucesso de bilheteria. Minha mae propos que eu assitisse com ela, sem minhas irmas que eram muito pequenas, o que seria o meu primeiro filme “adulto”. Eu me lembro que nem eu tinha a idade indicada pelo orgao de censura da época. Censura era coisa séria, sabe? Eu devia ter uns 10 anos e a censura exigia idade minima de 12 anos. Minha mae, que jà tinha visto o filme, achou que nao tinha nada demais que eu era madura o suficiente mas, sò pra garantir, fui assistir ao filme com um sapatinho de salto anabella, pra ficar mais alta do que eu ja era, vestida com um conjunto (de minha mae) de lan, saia e blusa, com os cabelos penteados num coque e de batom pra eu parecer mais velha. A emoçao do filme começou jà ali. Além da historia que se passava na tela, a travessura, aquela pequena transgressao, a deliciosa cumplicidade e emoçao divididas com minha mae é que fizeram dele o filme da minha vida.
Este post faz parte da blogagem coletiva O Filme da Minha Vida proposto pelo blog Fio de Ariadne, da mesma Vanessa querida que criou a blogagem sobre O Livro da Minha Vida que eu também participei.
Se voce quiser viajar pelo maravilhoso mundo do cinema, clique no selo ao lado e veja todo tipo de emoçao que a pelicola nos traz contada por pessoas muito especiais.
Também assisti a esse filme e me emocionei muito!
Assisti ainda pequena, mas não me lembro de ter tido que me disfarçar…
Bom lembrar de minha infância através desse filme!
Um bjão! Também estou participando!
Que linda musica, e que menininho fofo! Parece lindo esse filme que não conheço mas que tive vontade de conhecer ao ler sua bela descrição! Essa blogagem tem me trazido algumas boas ‘novidades’ como esse filme!
Parabens!
Eu vi esse filme, chorei do comeco ao fim.
Gigliola Cinquetti, assisti o filme: Dio Come ti amo, conhece?
Tem uma versao no you tube, muito bom tb, mas muito antigo…
E’ um filme que ainda quero ver. Nunca vi, acredita?
Minha avo paterna sempre falava dele.
Nossa, o menininho do filme tem a idade do meu pai… como o tempo passa!
Vi esse filme na tv qdo era pequena e achei a coisa mais linda do mundo. Parabéns pela escolha e muito obrigada pela participação!
Abraço
Esse filme era uma conversa entre meu pai e eu. Nasci em 1954, e conversava em italiano com meu pai. Mal sabia eu que ficaria órfã de pai aos 9 anos. foi bom lembrar das conversas sobre o piccolo bambino , il pane, il vino.. obrigada, querida
Eu li o livro mas não assisti ao filme. O que posso dizer é que se o filme for 1/10 do que o livro foi então deve ser maravilhoso.
Fiquei imaginando como deve ter sido bom “enganar” os censores com a cumplicidade da mãe, tenho certeza que aproveitou bem a sessão.
Adorei o post, abraços!
não assisti a este filme, mas vc aguçou minha curiosidade, vou ter que assistí-lo….rsrsrsrsrs
bela postagem, amei!!!
bjocas
PS: tbm estou participando, dá uma olhadinha lá.
Eu já vi, há muitos e muitos anos atrás… lindo demais, bela escolha!
Beijos!
Lu, que saudades de vc ragazze!
Belo post e pode me mandar uns lencinhos por favor?!
Já que sempre choro em filme hehe
Bjs
Olá!
Assisti ao filme e chorei muito. assisti novamente e chorei ainda mais. e toda vez eu choro…
Lindo!
Beijos, moça.
Fiquei emocionada com a sua postagem. Esse foi o primeiro filme que vi, acho que nessa época do relançamento que vc se refere.
A magia do cinema me pegou ai!
Também estou na blogagem coletiva!
Gente, nunca chorei tanto na vida como no dia em que vi o Marcelino. Até hoje quando escuto alguém falar que teve uma infância difícil…lembro dele.
Acho que fiquei traumatizada, Lulu.
Bjsssssssss, K
Ótima escolha! Esse filme fez parte da minha infância e é inesquecível.
Um beijo.
=*
Este filme parece ser tudo de bom! Dá vontade de sair correndo para assistir. Tô louca para uma sessão de pipoca com este filme!
Parabéns pela postagem!
Aguardo sua visita!!!
Ótima lembrança! Vi, faz muito tempo…é inesquecível! bjs:)
O mais gostoso dessa blogagem coletiva é ser lembrado de bons filmes. A sua lembrança foi ótima! Boa também a de Georgia, mais acima. “Dio, Come ti amo” provocou enormes filas nos cinemas brasileiros.
Aproveito para deixar também aqui a resposta ao seu comentário no Sempre Algo a Dizer: Pois aproveite a inspiração e escreva já! Aproveitando para deixar bem claro: Fellini é deus! Acima de todos está Fellini e, muito, muito depois, vem o melhor de diretor de todos os tempos, que pode ser qualquer um. Dê uma busca por Fellini aqui no blog e você vai ver que sempre falo a respeito dele. Bengini… há quantos ele não faz um filme? Pelo menos uns quatro, não? “O Tigre e a Neve” (2005), sobre o qual também escrevi, foi a última produção italiana que assisti. O último de Bertolucci foi em 2003. Posso até ter visto um curta italiano em algum festival, mas não me marcou o suficiente para que lembre dele. E então? Conta pra gente o que está se fazendo na Itália porque não está chegando por aqui. Mas tirando a América, isso acontece com o cinema de qualquer país. (Sub)Existe, mas não há distribuição. É possível que boa parte do mundo ache que o último filme produzido no Brasil tenha sido “Cidade de Deus” (2002). Ou “Blindness” (2008), mas é capaz de acharem que já fomos totalmente colonizados e falamos inglês. Escreva! Conte o que está se fazendo na Itália. Fale sobre os novos diretores. Você fará isso muito bem. Estou aguardando.
Fiquei curiosa de ver.
E sensibilizada com essa singela e linda história!
Parabéns pelo seu blog que foi mencionado no blog que indica blogs no tema o filme da minha vida http://ednamoda.blogspot.com/