Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos.
Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas.
– Augusto Cury –
Com essa frase martelando na minha cabeça é que comecei essa semana. Ando meio azeda, talvez pela velha conhecida TPM que se reaproxima, mas enfim, mais reflexiva também.
O mundo novo, jà nao tao novo, começa a dar seus sinais de cansaço. A velha fòrmula de auto-motivaçao pra dar conta das obrigaçoes do dia-a-dia nao funciona tao bem aqui quanto no Brasil e me reinventar a esta altura da vida parece bem mais difìcil.
Falar voltou a ser uma canseira à parte. Voltei a ter que pensar muitas vezes antes de pronunciar o que quero. Tomo cuidado com as palavras, seja em italiano, ou em portugues, até porque acredito piamente que elas tem uma força descomunal sobre nòs, nossos desejos, realizaçoes e até sobre o universo que nos rodeia mas, pra mim, particularmente loquaz na minha lingua madre, é como voltar a ser criança ou adolescente… limitada, com um vocabulàrio muito restrito e aquém da minha identidade interior, sentindo-me incomprendida e frustrada por ter muito mais a expressar do que a capacidade de comunicaçao me permite.
Hoje, estou particularmente angustiada e me sinto incompleta como se nesse mundo nada se encaixe perfeitamente em mim, ou me pertença realmente. Tenho a sensaçao de que falta (e faltarà) sempre alguma coisa, nao importa quais sejam os meus esforços pra me adaptar, me integrar, me inserir… serei sempre uma estrangeira numa terra estranha.
Gata, tenho acompanhado teu blog a algum tempo, mas creio que nunca deixei um comentário… Estou no meio de turbilhões de emoções, em um período em que devo fazer escolhas… as mesmas que vc fez anos atrás, mas confesso que dá um certo medoooooooooo…qdo penso em deixar família, deixar trab, adaptação ao novo, etc, etc…
Mas o que tenho a te dizer é… tenha fé!!!
Como me disse um amigo um dia desses: Não se desespere, é no andar da carroça que as áboboras se arrumam.
Faça como eu, deixe a carroça andar…
Bjs no coração.
Oi Luiza! Tudo bem?
Sabe, eu morei na Italia, voltei por um ano e meio para o Brasil e agora estou aqui novamente por mais um tempo. Acompanho meu marido que joga futsal aqui e aproveito para estudar.
Realmente, nao é muito facil essa nossa vida aqui. Mas acredito que todas as dificuldades servem para nos fazer crescer.
Se vc me autorizar, gostaria de utilizar o conteudo do seu blog na minha pesquisa. O interesse é puramente academico.
Também vou te enviar um questionario, mas mais adiante.
Obrigada pela atencao!
Bjs!
somos senhores do que calamos e escravos do que dizemos, já estabeleceu um filósofo.
E deus nos deus duas orelhas e uma boca, para dizermos somente a metade do que ouvimos.
Também estou meio cansado de morar na terra nova velha…
Maria Luiza,
Respira muito e lembra: Não pertencemos a nenhum lugar , nem a nossa própria pátria… Somos apenas caminhantes nesta terra. E a (((impermanência))) é a única coisa definitiva.
Talvez uma mudança de ponto de vista, de estar aí de passagem, de aproveitar o que o local tem de bom, de tentar apreciar as coisas apreciáveis e relevar as coisas intoleraveis… E tem fé no amor e em sua força mobilizadora, que tudo cura, tudo enfrenta.
Mobiliza suas energias de amor para a gente ajudar a nossa irmã que tá tão precisada agora. Mentaliza. Te abóboru para sempre…
😉
Ciao LuLu!
Compreendo tão intensamente essa sensação que o melhor que posso fazer é permanecer solidariamente em silêncio ao seu lado.
Mas sabe que aqui no Rio tenho sentido a mesma coisa? Parece que ninguém fala a minha língua e que me fazer compreender é tarefa impossível (com o agravante que nem posso culpar o idioma…).
Vou ficar torcendo para nós duas nos acharmos em breve, tá? 😉
Bacino.
Mona linda, Lulu linda. Impermanência é. Amei seu comentário Mona.
Adorei sua sinceridade, Lulu.
Tudo passa. Aquieta seu coração, dias melhores virão.
Amo vcs.